sábado, 15 de maio de 2021

LINGUA PORTUGUESA por Raquel e Janice

 


Portugal 

 

Não somos lusitanos 

Nem falamos como tal

Mas disso nos orgulhamos

Da terra de Portugal!

Sangue é  sangue, fala

A raça, a nação 

Mas temos apego à raça 

Que nos afeta o Coração!

 

Da antiga lusitana 

Temos a garra e  o valor

Nosso peito já inflama

E cantamos com louvor!

 

Portugal é Pátria gentil

E do nosso firmamento 

Bem forte e varonil

Faz-nos AMAR o sentimento!

 

Raquel Conti, em 06 de 05 de 2021

Às 17,20 horas, com orgulho de ser Brasileiro ou Portuguesa!!!




PODER E FORÇA

Contigo passeio nos mares sem me afogar

Caminho nas alturas sem sentir vertigem

Jogo-me de pára-quedas sem temor

E sem torpor me embriago com a natureza.

Colorida, desbotada, triste ou faceira

Vou dizendo da vida o que ela sequer me disse;

 Plena de seriedade ou às vezes de asneira

Vou deixando na estrada um ar de brejeirice.

Durmo no dia se não me agrada a noite

Enfeito de rosas o caule de açoites

Dou riso ao coração e choro quando quero.

Tanta dor, tanto amor, tanta raiva, tanto perdão

 Que a humanidade traga, mastiga e joga fora

E segue, e luta, e vence ou se conforma ...

Contigo eu aprendi a escrever, a expressar

Cantar, dramatizar, interpretar receitas

Porque tens o poder, és uma força inexorável

Às vezes perigosa, um veneno intragável

 Mas sem ti eu não teria, ninguém teria

Como definir nem um ponto final ou uma reticência

Do sentir, do pensar, do expressar  no dia a dia 

Porque és o poder pela palavra com certeza

Que incentiva meu devaneio por excelência

E te amo, com razão, minha Língua Portuguesa.

Poema de Janice de Bittencourt Pavan

 Em 06/05/2021.



JORNAIS DO AÇOUGUE  E DA PEIXARIA. 

 

Meus avós  moravam em Santo Antônio de Lisboa. 

Meu avô trabalhava  no DER (Departamento de Estrada e Rodagem) em uma função  simples. 

 Quando comprava peixe na "venda", na época da tainha ou anchovas, eram embrulhadas em jornal. Ao  chegar  em casa a  primeira coisa  que ele fazia,  era desembrulhar os peixes, com o maior  cuidado. Porque  ele aproveitava as folhas do jornal que não estavam molhadas e  guardava pra ler nos finais de semana. Era uma das únicas formas de lê  jornal  naquela comunidade, poucas pessoas tinham acesso.

Meu avô  lia com muito afinco. Não  importava se eram notícias  de 30 dias atrás. Considerava-se atualizado,  e teria assunto para conversar  com qualquer pessoa. "Se ele conversasse!!!" Não era de muita  prosa.

Com os amigos simples como ele, conversava sobre as coisas do dia a dia, a pescaria, a farinha, a vaquinha ou até  sobre a cabrita que estava dando leite; e ele fazia queijo.

No mais, era trabalhar de sol a sol, sem nada a reclamar.

Eu, pequena, olhava curiosa meu avô  lendo aquele jornal velho, sem saber o motivo. 

Quando maior já  sabendo ler, segui o costume de meu avô. 

Aproveitava os jornais da peixaria ou do açougue, principalmente, quando era o jornal "O Globo” ou "Folha de São  Paulo."

Ficava  fascinada com as notícias  das grandes metrópoles.

E como meu pai trazia os jornais locais de seu trabalho,  minha fonte de cultura eram os jornais "A Gazeta” e "O Estado", saia tinta e ficava - se com os dedos  pretos.

Mas nada que fizesse  parar de ler  as notícias  do "jornal dormido” que embrulhava o peixe  ou a carne.

O importante era ler. 

Autora: Maria de Lourdes Andrade


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