quinta-feira, 29 de abril de 2021

ALI FLOResce - Poema de Janice de Bittencourt Pavan

        


ALI FLOResce 

Que jardim mais rico é esse

Com variedade de cores?

É a Vida que ALI FLOResce

Com perfumes e fulgores.

 

Contemplo apaixonada

Canteiros assim tão viçosos

Da terra que nos dá do nada

Rebentos iguais gloriosos.

 

Tem os girassóis de LORENA;

Madressilvas de IVONITA.

E alegres, cheias de fita,

As dálias da poetisa ELENA.

 

Para JELENA, as margaridas;

Orquídeas para SURAYA.

E, num hino à vida madrinha,

Alegram canteiros na praia

Os jasmins de FLAVINHA.

 

Um canteiro de hortênsias:

Bela escolha de ELIANA;

Os Junquilhos de JANÍ;

As edelveiss de HERALDA:

Confesso que nunca vi

Mas ao pesquisar, entendi. 

 

E, ao acalentar no peito,

Tem nosso OSWALDO escritor

O nome de Amor- perfeito

Por que lhe é perfeito o Amor.

 

Quantas violetas, TERESA,

Teremos que te ofertar?

São tantas delicadezas

Que versos querem pular.

 

Lembrando em formar as flores

Das flores que vão dançar

Neste jardim de escritores

Cheio de perfumes e fulgores

Com as flores do campo - VILMAR.

 

A uma corbélia compara,  

Tantas espécies escondidas!...

A rosa, majestosa, preferida

Confiro à linda Rosaura.

 

No meio de tanto amor

Foi TERESA quem disse

Que a flor símbolo da Aliflor

É a Flor de Liz de JANICE.

 

Quero também registrar  

Que essa ideia carinhosa  

- dar nome de flor ao alifloriano-

Foi de HERALDA (se não me engano)

E daí um grande jardim

Que florescerá todo ano.

 

E como “bom filho à casa torna”

À MÁRCIA nossas boas vindas:

IVONITA gentilmente lhe adorna

Com frésias, cheirosas e lindas.

 

Existem muitas belezas

Que faltam na citação

Pois como RAQUEL com certeza

Amam todas de paixão.

 

Temos LEDA flor guerreira

Quem sabe a flor Anaí

Que sabe enfrentar barreiras

E faz arte com frenesi...

 

Onde está a flor de CLARA?

Onde está a LOURDES da flor?

E os novos aliflorianos

HÉLIO E LUIS FABIANO?

 

MACIEL RUDNEY

Suas escolhas onde estão?

Mas são lembrados todo ano  

Pois “gente finíssima” são.

 

Ah! Temos ADIR e ELÍRIO

Que o campo veste em flor

Com a beleza dos lírios,

Complementos da Aliflor.

 

De Janice de Bittencourt Pavan

Homenagem aos escritores da Aliflor.


Os primeiros aliflorianos a receber os exemplares da Coletânea Comemorativa aos 20 anos da Aliflor.

 

      











Relatório da live ocorrida em 15 de abril de 2021, comemorativa aos 20 anos da ALIFLOR.

 


20 anos de ALIFLOR

 

            No dia quinze de abril, a ALIFLOR completou vinte anos, porém a festa foi antecipada para o dia treze, via internet, em razão da pandemia que nos força a um distanciamento. Foi uma festa linda comandada com doçura e competência por Laura Malta, cerimonialista oficial desta associação. Entre apresentações de dança, canto e declamação a tarde transcorreu com muitos momentos de grande emoção. Fizeram-se presentes: Ivonita Di Concilio, Rosaura Saraiva, Janice Pavan, Raquel Conti, Suraya Helayel, Victor Veras- sobrinho neto do maior homenageado do evento, o saudoso VICENTE GABRIELE PASCALE, fundador da ALIFLOR - Marli Rita Roveda, presidente da ASAPREV, Bárbara Tavares, Valmir Vilmar de Souza, Zuleika Ribeiro, Marcia Konder, Izolina Rocha Andrade, Maria de Lourdes Andrade, Beatriz Silveira, Alcedo Maciel, Helio Cabral Filho, Teresa Brasil, Elirio Franceschi, Mara Roloff, Ney Santos e Jani Maria Semicek.

            Laura abriu o evento saudando a todos e já anunciando uma surpresa: Ivonita cantando o Hino à ALIFLOR, ao terminar agradeceu à Teresa e ao Alcedo pela ajuda. Na sequência, falou sobre o concurso literário que tinha por objetivo homenagear Vicente Gabriele Pascale e que, por ter recebido somente onze adesões, foi transformado em coletânea. Mencionou ainda as dificuldades financeiras, agradecendo a todos que ajudaram em sua confecção, reiterou que na próxima semana os livros estarão à disposição de todos.

            Laura Malta retomou a palavra, fez uma breve apresentação de Ivonita  e começou a apresentação de um  bailarino, no Teatro Guaíra de Curitiba. Em seguida, Ivonita falou sobre O fundador da ALIFLOR agradecendo a presença de Victor Veras, sobrinho neto de Pascale. Acrescentou ainda que Aline, neta de Vicente Pascale, foi secretária da Associação nos primeiros anos. Victor Veras deu seu depoimento, agradecendo a todos. 

APRESENTAÇÕES:

1) Valmir Vilmar Souza - Arrumação

2) Dança

3) Teresa Brasil - miniconto de Drummond 

4) Dança - alunas de Suraya Helayel Maia 

5) Suraya Helayel Maia- Lista de supermercado - Paulo Cândido

6) Helio Cabral Filho - Soneto 

7) Maria de Lourdes de Andrade 

8) Elena Lamego 

9) Márcia Konder - poema de sua autoria 

10) Ivonita Di Concilio - Outra vez, de Roberto Carlos

11) Raquel Conti 

12) Janice Pavan - Poder do amor (Power of Love)

13) Jani Maria Semicek - As minhas vitórias - ALIFLOR, de Vicente Pascale

14) Elirio Franceschi - 

15) Ney Santos

16) Alcedo Maciel           

Em meio às apresentações, Marli Rita Roveda agradeceu a oportunidade e falou com carinho sobre o homenageado.           

A cerimonialista se disse orgulhosa por poder participar desses encontros, agradeceu a todos  e encerrou parabenizando a ALIFLOR.

            O encerramento se deu na voz de Lêda Mônica Fialho que, com toda sua competência, fez um relato sobre a história dos vinte anos da Associação Literária Florianopolitana, relato este escrito por Janice de Bittencourt Pavan, que foi presidente da ALIFLOR por quatro vezes. Fotos foram exibidas nesse meio tempo, enquanto depoimentos de associados eram entremeados à apresentação. 

Jani Semicek 1a. secretária

 

Novo Associado da Aliflor - ALCEDO MACIEL

 

ALCEDO MACIEL - Natural de Bagé, RS. Vida profissional em Porto Alegre,como  advogado e membro do Tribunal de Contas do Estado.

Morou no Rio, de 1984 a 2004. Desde então, vive em Florianópolis. Obras Publicadas: Reflexões ( crônicas ) e Devaneios (poesias). No prelo há 3 anos: Meias Cartas de Amor ( romance).


terça-feira, 27 de abril de 2021

LISTA DE SUPERMERCADO - texto de Paulo Cândido

 


"Lista de supermercado com as coisas que acabaram

(põe na lista o refil disso aí que acabou)"

 

Margarina, sexo, pão,  milho, ervilha, tesão. 

Veneno de barata, um maço de compaixão. 

Cebola, carinho, cuidado, batata, aventura , mamão. 

Alguma novidade... molho de macarrão. 

Uma urgência de fim de tarde...

Um pacote de feijão, um dente afiado de alho, um gosto por confusão. 

Cerveja, vodka, whisky, um bom 

pau de  amarração .

Um pedaço de alegria. 

Fralda de montão. 

Filé sem melancolia e um extrato de paixão. 

Um detergente de mágoa...

Papel que absorve dor...

Uma água daquele cheiro de um sentimento anterior. 

Sabão de lavar a alma.

Alvejante de coração .

Um chá de manter a calma...

Um shampoo anti depressão. 

Leites de longa vida.

Balinhas de erudição.

Spray  de curar ferida.

Azeite, disposição. 

E, se não for estourar o cartão, traz um gesto de sedução!

Por fim, o mais importante, procure em toda seção,  se não tiver dá um jeito, pergunta em outro mercado,no camelô,  no inferno!

Vá  catar no meio do Mato, mas nem me apareça de volta

sem amor de perdição! 

Texto de PAULO CÂNDIDO, enviado por Suraya.


LÓGICA SAUDADE - Poema de Adir Pacheco

 

Lógica saudade

20/07/2019  (09:17)

 

Um olhar doce

no sentido do tempo.

 

No silêncio da noite,

o eco do riso solto

ante a lua

em prateados raios.

 

E o cheiro da terra

perfuma a madrugada

de olhar complacente.

 

O coração

em sentidos suspiros

ajoelha-se

ante o altar da jornada.

 

E me vejo

no tempo da vida

com os sussurros da fome

em um corpo gasto

nas ruinas do templo.

 

Reflito ante o espelho

de olhos baixos

em noturno recolhimento.

 

As taças da juventude

entre pétalas de lírios

sob o orvalho da madrugada,

apresenta-se

com a alma comovida

em uma lógica saudade.

 

Poema de Adir Pacheco 

ETERNIDADE - Poema de Adir Pacheco

 


Eternidade

21/08/2020  (15:55)

 

Há uma eternidade em cada instante

E em cada olhar, a surpresa conflitante.

Há uma eternidade em cada minuto,

E em cada tempo sem indulto.

 

Há uma eternidade em cada destino

E em cada ato do espírito clandestino.

 

E sinto uma eternidade no infinito

Deste instante de louco desatino,

Sufocando no peito o doido grito

Da alma que amarga este pranto,

Agora saudoso dos tempos de menino.

 

E vivemos esta íntima eternidade

Na alegria, na dor, na felicidade.

Nas lágrimas que descem da face

No anseio de um abraço, por caridade.

 

E no sofrimento torna-se ela ainda

Muito mais cruel e vivaz,

Numa realidade absurda, infinda

E que nos torna agressivamente incapaz.

 

E na infinitude desta minha eternidade,

Absorvo-me íntegro

Em minha mais profunda quietude,

Onde a alma integra-se inquieta

Em íntimo desafio,

 

Num eloquente e frágil vazio

De sentimentos complexos tardios...


Poema de Adir Pacheco 


MANEIRA DE AMAR - texto de Carlos Drumont de Andrade

 


INSPIRAÇÃO - Poema de Ivonita Di Concílio

 


INSPIRAÇÃO

 

Talvez um amor distante

Falta ao poeta para expor seu pensamento

Quando nem o calor do Sol o aquece

Nem canções estimulam o sentimento.

A inspiração não acontece,

Não brota a frase nem o oportuno instante.

Faltam palavras, escasseiam as emoções.

Olvida o passado, 

Pois esquece a ternura e a ilusão.

Nega o presente

- não quer viver a realidade e sofrer desilusão.

O futuro:

- o que será que lhe reserva?

Somente saudade onipresente.

 

Ivonita Di Concílio

Em 14/04/2021- 16h33


sábado, 17 de abril de 2021

AQUELE MESMO CÉU - Poema de Raquel Conti

 


AQUELE MESMO CÉU. 

 

Sentindo o coração oprimido, 

amargo na boca,

saí  para as ideias refrescar, 

e vi aquele mesmo CÉU. 

 

Sim,aquele mesmo CÉU,

que tantas outras vezes já vi,

porém, hoje vi-o bem diferente,

mais coerente, real.

 

Onde irá o Sol, quando desce

a noite,às vezes,  tão  escura?

Onde irão nossos sonhos

quando nos vence o desgosto?

 

Pensadores sobre tudo já  falaram.

E tanto escreveram, 

mas nenhum, nada, sobre o CÉU 

explicou ou o certo falou.

Por que, às vezes, ele é tão claro

e outras, não?

 

Vi estrelas brilharem e 

nuvens andarem,

naquele mesmo CÉU...

Aquele CÉU que tantas vezes me viu 

E meu desabafo, calado, ouviu. 

 

Com aquele mesmo CÉU, posso falar,

me abro e sou eu mesma;

Não tenho medo, nem fujo nem finjo 

não tenho nem ambições

nem penso em  frustrações. 

 

Raquel Conti 

Em 17/11/1978.