terça-feira, 30 de março de 2021

VALMIR VILMAR DE SOUSA - Novo Associado da Aliflor

 

Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) nascido em 04 de fevereiro de 1958, na cidade de Florianópolis (SC). Poeta, Escritor, Contista, Artesão. É Bacharel em Ciências da Religião com Licenciatura Plena de Ensino Religioso pelo Centro Municipal Universitário de São José – USJ. É Membro fundador da ALIASC (Academia Literária e Artística de Santa Catarina), tendo como Patrono Júlio de Queiroz com a cadeira número doze,membro da ACPCC (Associação dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses), membro da ALIFLOR (Associação Literária Florianopolitana). Seu primeiro livro lançado em setembro de 2018 tem como título: Viajando na Poesia. Participou das seguintes antologias: Antologia Mulher Destaque 2018 organizado pelo Escritor e Presidente da ALBSC, Miguel João Simão, Antologia Literária Sinfonia 2018 da Academia de Letras de Palhoça, organizada por sua Presidente Sonia Ripoll, Antologia Retratos na Janela, organizada por Rute Cardoso da Silva (Editora Juca Palha) 2020. Participou do grupo de facilitadores da ACPCC na Primeira e Segunda Oficina de Escrita para Idosos do Sesc Florianópolis (Prainha). Participou da Feira do Livro promovida pela Prefeitura de Águas Mornas em 2018. Participou da Feira do Livro de Florianópolis em 2018 e 2019.  Participou da Exposição Cor e Movimento & Arte Reciclu’s no Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina no período de 01/04/19 à 30/04/19. Publica seus escritos no site Recanto das Letras (Brasil), Portal da Literatura de Lisboa (Portugal). 


 COLCHA DE RETALHOS

 

Recortando pedaços de histórias

Construo minha colcha de retalhos

Tecendo lembranças sem arrogância

Com fios de seda me enrolo

Nos novelos da vida, vivida

Fios coloridos formando arco-íris

No céu riscado com ponta d’agulha

Sentado no banco da sala

Fico a novelar histórias, estórias

Vividas, contadas, cantadas

Minha colcha tomando forma

De um tapete colorido, absorvido

Cada linha tecida, uma rima

De versos em prosa

Tal qual uma rosa e um jasmim

Num colorido jardim

A perfumar, deslumbrar

Esta colcha de retalhos

Tecida por mim. 

Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 04/09/20


LIVRO DE VALMIR VILMAR DE SOUSA 



HÉLIO CABRAL - Novo associado da Aliflor

 


HÉLIO CABRAL FILHO 

Natural de Florianópolis/SC

Membro da Academia de Letras de Biguaçu desde 2011, onde ocupa a Cadeira 32. 

Cronista, poeta, romancista e contista.

Conto “O andarilho” premiado em 2014 no 8º Concurso Literário de Contos Sinergia.

2º Lugar Conto Adulto Nacional "Primeiro dia de aula" - 2º Concurso Literário Estadual e Nacional "Luzeiros da Lagoa"

1º Lugar Crônica Adulto Nacional "A Cenoura" 2º Concurso Literário Estadual e Nacional "Luzeiros da Lagoa",

Livros publicados: “Sonetos de otimismo e outros Sonetos” - 2009; “Meus sonetos prediletos” -  2011; “Caderno de Sonetos” - 2013; “Só” - 2014; “Nós” - 2016; “Não Leia” - 2017; “Voa!” - 2019.








Na sepultura de um poeta:

 

No dia em que eu dormir na cama fria

E abrir meus olhos para a eternidade;

Quando encontrar a única verdade,

Que existe nessa dúbia travessia...

 

Não sofra com tristeza ou com saudade;

Não fique repisando essa agonia;

Reveja apenas toda a poesia,

Que foi plantada com simplicidade.

 

Recorde, não somente a despedida,

De quem vagou, voou pelo universo

E sim a sua obra incompreendida. 

 

Relembre alguns anseios tão dispersos,

Nos versos transgressores de uma vida, 

De quem viveu a própria vida em versos. 

 

                                             Hélio Cabral Filho

 



domingo, 28 de março de 2021

OS MALDITOS - Poesia de Vinicius de Moraes

 

OS MALDITOS

Rio de Janeiro , 1935

(A aparição do poeta)  

Quantos somos, não sei... Somos um, talvez dois, três, talvez, quatro; cinco, talvez nada 

Talvez a multiplicação de cinco em cinco mil e cujos restos encheriam doze terras 

Quantos, não sei... Só sei que somos muitos - o desespero da dízima infinita 

E que somos belos deuses mas somos trágicos. 

Viemos de longe... Quem sabe no sono de Deus tenhamos aparecido como espectros 

Da boca ardente dos vulcões ou da órbita cega dos lagos desaparecidos 

Quem sabe tenhamos germinado misteriosamente do sono cauterizado das batalhas 

Ou do ventre das baleias quem sabe tenhamos surgido? 

Viemos de longe - trazemos em nós o orgulho do anjo rebelado 

Do que criou e fez nascer o fogo da ilimitada e altíssima misericórdia 

Trazemos em nós o orgulho de sermos úlceras no eterno corpo de Jó 

E não púrpura e ouro no corpo efêmero de Faraó.  

Nascemos da fonte e viemos puros porque herdeiros do sangue 

E também disformes porque - ai dos escravos! não há beleza nas origens 

Voávamos - Deus dera a asa do bem e a asa do mal às nossas formas impalpáveis 

Recolhendo a alma das coisas para o castigo e para a perfeição na vida eterna.  

Nascemos da fonte e dentro das eras vagamos como sementes invisíveis o coração dos mundos e dos homens 

Deixando atrás de nós o espaço como a memória latente da nossa vida anterior 

Porque o espaço é o tempo morto - e o espaço é a memória do poeta 

Como o tempo vivo é a memória do homem sobre a terra.  

Foi muito antes dos pássaros - apenas rolavam na esfera os cantos de Deus 

E apenas a sua sombra imensa cruzava o ar como um farol alucinado... 

Existíamos já... No caos de Deus girávamos como o pó prisioneiro da vertigem 

Mas de onde viéramos nós e por que privilégio recebido?  

E enquanto o eterno tirava da música vazia a harmonia criadora 

E da harmonia criadora a ordem dos seres e da ordem dos seres o amor 

E do amor a morte e da morte o tempo e do tempo o sofrimento 

E do sofrimento a contemplação e da contemplação a serenidade imperecível. 

Nós percorríamos como estranhas larvas a forma patética dos astros 

Assistimos ao mistério da revelação dos Trópicos e dos Signos 

Como, não sei... Éramos a primeira manifestação da divindade 

Éramos o primeiro ovo se fecundando à cálida centelha.  

Vivemos o inconsciente das idades nos braços palpitantes dos ciclones 

E as germinações da carne no dorso descarnado dos luares 

Assistimos ao mistério da revelação dos Trópicos e dos Signos 

E a espantosa encantação dos eclipses e das esfinges.  

Descemos longamente o espelho contemplativo das águas dos rios do Éden 

E vimos, entre os animais, o homem possuir doidamente a fêmea sobre a relva 

Seguimos… E quando o decurião feriu o peito de Deus crucificado 

Como borboletas de sangue brotamos da carne aberta e para o amor celestial voamos.  

Quantos somos, não sei... somos um, talvez dois, três, talvez quatro; cinco, talvez, nada 

Talvez a multiplicação de cinco mil e cujos restos encheriam doze terras 

Quantos, não sei… Somos a constelação perdida que caminha largando estrelas 

Somos a estrela perdida que caminha desfeita em luz.

Colaboração de Ivonita Di Concílio.


terça-feira, 16 de março de 2021

SARAU MIL POEMAS - ALIFLOR

 

Lista das apresentações em ordem de entrada:

1.MÁRCIA - Autoral: "Faz escuro " e "A chama da vela" 

2. JANICE - Autoral: "Ausência ". 

3. CLARISSE - Autoral: "Recado ao amigo".

4. SUELY CIGANA  - Autoral: "Nós e laços". 

5. VALMIR VV - Autoral: "Oração de um filho teu". 

6. IVONITA - Autoral: " Dias tormentosos". 

8. ROSAURA -Autoral: "Saudades ". Intérprete LEDA MÔNICA.  

9. HÉLIO  CABRAL - Autoral: " Dá sempre teu melhor para as pessoas ".

10. ANDREA RIHL - De MANOEL DE BARROS:"Pintura ". 

11. TERESA BRASIL -  Autoral: "Ventando" .  

12. TINGA  DAS GERAIS - Autoral: "A Lua". 

13. ELENA - Depoimento sobre o momento pelo qual está passando.























VENTANDO 
Folhas, flores, bolhas e cores
voam ao vento. Voo.
(In)vento sandices, maluquices....
Repenso escolhas, dores, teimosias.
Na companhia da ventania,
me reinvento.
Desatento ao tempo,
meu pensamento rodopia
e desprende meus remendos.
(In)vento o verso, o amor, a sintonia
na sinfonia do vento.
Sou gaivota a planar levezas.
Não, Teresa!

Poema de Teresa Brasil