terça-feira, 19 de maio de 2015

ALIFLOR - Reunião de Maio


Em 11 de maio de 2015,o compromisso levou mais uma vez o associado alifloriano à reunião, ocorrida no auditório do Arquivo Público Municipal  quando,sob a liderança de Vilmar Machado, iniciou-se a pauta com os cumprimentos e boas vindas, trocados entre os presentes.Sentimos algumas ausências de colegas cujos familiares se encontram com problemas sérios de saúde.Pedimos a Deus o alívio da dor, melhoras, serenidade,força e paciência diante da dificuldade  e do sofrimento.
Houve a leitura da ata, impecavelmente escrita por Jelena e,posteriormente,  tivemos a grata satisfação de ouvir nosso querido colega Professor Nereu do Vale Pereira com o tema A vinda dos primeiros emigrantes a nossa Ilha, brindando-nos com seu conhecimento e deixando- nos à vontade para perguntas e respostas. Sobre a palestra, registro abaixo considerações  de nossa colega Jelena.
Janice, homenageou os aniversariantes do primeiro semestre, comentou sobre o blog da Aliflor, enfatizou a importância da visita ao mesmo e lembrou a apresentação de Ivonita cantando num sarau promovido por ela mesma em homenagem às mães, sábado,  dia nove de maio, no Rancho Beiramar, evento este publicado no Blog da Aliflor.
Heralda sugeriu que tivéssemos um grupo no WhatsApp, sugestão imediatamente aprovada e seguida de registro dos telefones dos presentes para possibilitar este aplicativo.
Ivonita comentou que estaria se apresentando como cantora em Joinville e que havia lançado o livro “Missão Cumprida’ em memória a Aldomiro Correa Martins , obra esta encomendada e patrocinada pela esposa do mesmo.
Também agradou a ideia de elaborarmos uma revista ou informativo e, Reginaldo, novo associado, prontificou-se para formatá-la com a ajuda dos associados e dentro do tempo disponível.
Com a certeza de que a reunião colheu vários frutos , saimos satisfeitos e encorajados a desempenhar as atividades ,agarrados a três  ingredientes imperativos a uma Associação: “Foco, Força e Fé”
Parabenizamos a presidente Vilmar Machado que muito tem se empenhado em trazer palestrantes com assuntos enriquecedores  à nossa bagagem cultural como também em promover passeios e visitas a instituições escolares .
Após as despedidas , já voltando cada um para suas casas, vale registrar  o temporal que se armou em Florianópolis com fortíssimo vento sul, derrubando barracas, entortando  sombrinhas, levantando saias e deixando transeuntes aflitos pela expectativa e insegurança de chegar em casa. Temporal este que deixou toda a cidade sem energia elétrica, totalizando quinze mil unidades consumidores sem luz, num tempo equivalente a três dias e três noites de apagão em alguns bairros.
Depois, com a normalidade, pude compor esta matéria, agradecendo a Deus por mais um dia de força e fé.
Texto de Janice de Bittencourt Pavan para o Blog da Aliflor. Em 19/05/15

"... a Presidente Vilmar, deu prosseguimento, com a apresentação do palestrante do dia, Professor NEREU DO VALE PEREIRA , membro da Aliflor, doutor em sociologia, economista e folclorista; PHD em Ciências Humanas e Sociais. Atuou por muitos anos na UFSC. Seus estudos estão voltados à etnografia catarinense, com ênfase na cultura açoriana do século XVIII, principalmente de Florianópolis. Prof. Nereu começou dizendo que sua linha de pesquisa está voltada à Ilha de SC, constituição, ocupação e início do povoamento, nos meados do século XVIII. Mas tem-se notícia de que os primeiros moradores chegaram em 1515, sendo que neste ano de 2015, a ocupação completa 500 anos. Os ocupantes eram de origem espanhola e da mistura deles com os nativos, resultaram os índios carijós,  que quer dizer “mistura de claro com escuro”. Visto que os portugueses não ocuparam as terras do sul, os espanhóis se apoderaram da Ilha. Alguns moradores exploraram o interior e alguns fizeram a proeza de chegar a Cuzco, no Perú, lá por 1524/1526; somente a partir de 1640, os portugueses começaram a reivindicar terras demarcadas pelo  Tratado de Tordesilhas. Prof. Nereu distribuiu mapas do Brasil de 1538, com as respectivas linhas demarcatórias. A disputa pelas terras, assim chamadas de meridionais, provocou a reclamação dos espanhóis para o Vaticano. O impasse se estendeu até 1750, quando entra em cena Alexandre de Gusmão, diplomata de nacionalidade portuguesa, que estudou em Roma, nascido no Brasil-Colônia, que notabilizou-se pelo seu papel crucial nas negociações do Tratado de Madrid, que definiu os limites entre os domínios coloniais portugueses e espanhóis na América do Sul. Alexandre era secretário particular de D. João V e teve grande influência nas decisões, onde defendeu o princípio de uti possidetis (direito de posse). Joana de Gusmão, irmã de Alexandre, casou com Antonio Ferreira Gamboa, os quais fizeram um pacto, que em caso de viuvez, fariam a propagação da fé católica.  Com a morte do marido em 1745, Joana  entrou na Ordem Terceira de São Francisco. Estabeleceu-se em Florianópolis e em 1756 obteve permissão para comprar um terreno onde construiu uma capela que ficou pronta em 1762. Em seguida foi construída ao lado uma escola para meninas, a  primeira escola feminina de Florianópolis. Nesse local, hoje, se situa o Hospital de Caridade. Entre 1735/1736, Portugal teve que ocupar as terras, assim passou a estudar a possibilidade de uma remessa de açorianos para cá, visto que os mesmos desejavam sair do Arquipélago dos Açores, por serem ilhas vulcânicas e sujeitas a terremotos. Em 1746, saiu o Edital  do Rei de Portugal, com  um programa colonizador,  oferecendo aos casais interessados a possibilidade de se mudarem para o Brasil, prometendo-lhes glebas de terras e ferramentas. Em janeiro de 1748 vieram 60 casais, que foram se fixando na Ilha. Rapidamente, a Póvoa de Nossa Senhora do Desterro passou de 500 para 3 mil moradores.  Ao todo, cerca de 2300 casais atenderam ao Edital, embora todos os açorianos transportados tivessem como destino a Ilha de SC, parte deles, foram remanejados, após aclimatação dos males da travessia, que levava 90 dias, espalhando-se até São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. Prof. Nereu falou de alguns colonizadores que se destacaram na sociedade florianopolitana: Tomás Fco. Da Costa, Joaquim Silveira, José Maria do Vale, que misturou-se com a família Pereira. Ainda durante o período de  1809 a 1820, Brasil recebeu junto com a vinda da família Real, cerca de 10 mil portugueses, a maioria açorianos. Para terminar, Prof. Nereu disse que Florianópolis deveria ter sido batizada de Açorianópolis, por serem os verdadeiros colonizadores da terra. Doou para o acervo da Aliflor o seu livro “Contributo Açoriano para a construção do Mosaico Cultural Catarinense”. Em seguida, respondendo alguns questionamentos, Prof.Nereu, disse que nessas levas de imigrantes, pereceram cerca de 10 a 15%, e que não eram pescadores, mas agricultores. Em junho, Prof.Nereu proferirá a segunda parte da palestra. Prof. Nereu após a fala retirou-se devido a compromissos particulares, sendo que foi muito aplaudido".

Texto de Jelena Stopanovski Ribeiro , lavrado em ata da reunião de 11 de maio de 2015. 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Os olhos gritam



Os olhos gritam pedindo clemência, mas a fome não se dobra. 
A criança implora por misericórdia e vê a morte sentada em tijolos, no aguarde.
A eternidade de um túmulo paira sobre os gritos silenciosos do menor abandonado, como abutre cercando a presa prestes a sucumbir.
Homens e mulheres cumprimentam a morte pelo excelente trabalho. 
Mas a morte diz pesarosa:

- A fome que vai levá-lo. Estou apenas conferindo.
Satisfeitos, os homens e mulheres seguem suas vidas.
Brincalhona, a morte diz zombeteira:

- Qualquer dia visito vocês.

Mas os homens e mulheres não ouviram; ou não quiseram ouvir.

Pensamentos por Jelena S.Ribeiro.


PENSAMENTOS da SEMANA
Jelena Stopanovski Ribeiro

Sábado:
“Dias de sol acordam janelas, acompanhados por cheiros de mar e balanços de rede, abanados pelas cabeleiras verdes dos coqueiros.”

Domingo:
“A brisa que afugentou o calor, trouxe sussurros de pessoas amadas que já se foram. Enquanto ventava,  vozes contavam suas histórias de vida e de morte.”

2ª.
“Bolachas de mel pintadas de Papai-Noel, insistem em brincar nos corações pintados de saudades”.

3ª.
“ Minha neta dentro da sabedoria de seus quatro anos,  perguntou-me: - Vó, é hoje que você vai morrer?  E dentro da sabedoria dos  meus sessenta anos, eu não soube responder.”

4ª. O fim do ano se aproxima,  e com ele se aproximam todos os ritos, costumes, crenças, que povoam nossas lembranças. Mas onde está a verdade disso tudo? Verdades que se formaram desde a infância da humanidade e que nos foram preconizadas, muitas vezes, criando culpas por não sentirmos com intensidade os devidos ensinamentos recebidos em casa, nas escolas ou nas igrejas.  Fomos formados por idéias judaicas, hinduístas, budistas e até pagãs, um caleidoscópio de  preceitos, normas e dogmas. Como se matou e se mata em nome de cada certeza e de cada deus! Deus esse criado por algum   ancestral nosso, assustado com algum raio brandido pela natureza, nada mais que isso.  O que existe é a procura pela transcendência, porque isto também  é natural do homem. Lança-se  o olhar na imensidão dos céus, perscrutam-se as estrelas,  passeia-se pelo cosmos, no desejo de encontrar o Pai, ou seja, o responsável pela formação do nosso DNA.

5º. Escrevo para tentar explicar para mim mesma, as minhas divagações e minhas conversas com os botões.

6º. Até quando vamos esperar para descobrir o sentido da vida?


7º. Viver são pequenas mortes.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Uma homenagem a IVONITA DI CONCILIO

Uma homenagem a IVONITA DI CONCILIO.


Confesso que me senti lisonjeada com o convite da colega alifloriana, escritora IVONITA DI CONCILIO e feliz por poder prestigiar seus dotes artísticos num show de bela voz, charme e simpatia, sabádo, 9 de maio , véspera do Dia das Mães,no Rancho Beira-Mar, de propriedade de Silvia Maria Nesello ,onde foi servido um café colonial com todos os ingredientes que o caracterizam.

IVONITA DI CONCILIO, LUIZA SANTA (fotografa) e LORENA.


Ivonita apresentou um repertório romântico mesclado com músicas de autores da terra, música popular brasileira e música  internacional, entre muitas, destaco sua performance cantando “La violeteira” quando, com traje a caráter, distribuiu aos convidados pequenos buquês de violetas,mimos confeccionados por nossa querida colega, também alifloriana, Lorena Maria Tomasi Chiaradia.
Entremeando o canto harmonioso de Ivonita, AMARA MARTINS ,  vívida e graciosa,conquistou a atenção da plateia com números de dança.

Dança de AMARA MARTINS.

Após o serviço do Café , a anfitriã deixou livre o uso do microfone e do palco para que os apaixonados pela arte de dizer ou cantar desse uma palhinha ao público.Seguindo o tom do romantismo, marcaram presenças as vozes de Ronaldy Lemos, Suraya Helayel Maia, Helen Malta, Laura Giane S. Malta ( as duas filhas de Ivonita) , sua netinha Iris, as irmãs Teresinha e Dulce Volpato, Donato Ramos com sua harmônica  e Janice Pavan.

Compositor ZUVALDO RIBEIRO.

LORENA , ELIANA , BERNADETE , SURAYA e AMARA. 

Como convidado especial , apresentou-se também o músico  Zuvaldo Ribeiro , cuja linda composição de sua autoria foi interpretada por Ivonita.
Presenças importantes , os músicos Josué da Silva ( violão) e João Gaspar (percussão) fizeram o acompanhamento musical de Ivonita e cantores  “surpresa” .
Josué da Silva , João Gaspar e Ivonita. 

E para rechear ainda mais esta tarde gostosa, Ivonita e suas filhas Laura e Helen fizeram sorteio de lindos brindes.

Laura, Helen, Dalila e Donato. 

Entre familiares, amigos, colegas da arte é  importante registrar as presenças simpáticas que lá estavam para dar sentido, ouvidos a voz do cantor , energizar a amizade , trazer alegria, dando atenção, cuidado e incentivo ao artista.
Porque cantar é  preciso.

Reinalda, Zenilda,Irene, Silvia Nesello e sua mãe (proprietárias). 

ODETE,TERESINHA e DULCE VOLPATO. LEANDRO SILVA e RONALDY  LEMOS.
JANICE PAVAN (Foto de Donato).

Texto e Fotos de Janice de Bittencourt Pavan
Associada da ALIFLOR - Diretora Social e Blogueira deste

Florianópolis, 14 de maio de 2015. 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Poema a ALIFLOR de Clara Irmes

Ali, uma flor!
Um dia, sem querer andei pelo jardim da vida,
e acabei encontrando algumas flores,
logo mais adiante acabei encontrando o canteiro de muitas!
Sim, muitas flores, que levaram aonde estava a mais bela, fiel e mágica,
Foi minha intuição que despertou e gritou:
Äli! Ali, uma flor!¨
Por sinal nobre, como aquela que tinha na bandeira ostentada por Joana D´Arc,
símbolo de valor!
Não importa se era vermelha ou cor de ouro, de todo o jeito era bela e marcante!
Parabéns, ALIFLOR, agora é nossa bandeira!
E que novas flores façam parte dessa associação maravilhosa
e que cada um de nós seja um(a) guerreiro (a) para defendê-la, e ostentá-la!

de Clara Macário, Beijos a todos!
Bom Retiro, 15 de abril de 2015.