quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A noiva - Poema de Vilmar Machado



A NOIVA
De branco vestida a leve menina,
lá vem minha joia, minha pérola fina.
De branco vestida como no batizado,
agora caminha com o noivo ao lado.
La vem a menina, que cresceu e estudou,
leveza no olhar a doce donzela,
com passos tão finos, 
um traço só dela.
Generosa, elegante e batalhadora
lá vem a menina, esbelta, honesta e 
sincera, vence qualquer guerra 
e se preciso for, o passo apressa.
De branco vestida, de flor salpicada.
Com passos leves lá vem meu encanto
num passo só dela,
vai entrando a Cinderela.
Corri para vê-la, suave menina
de vida alegre, bem solta e faceira
no encanto da vida, na festa do amor
lá vai meu carinho, receba meu amor.
Me uno a todos, que conhecem os filhos
entendem portanto, meu encanto e brilho
missão bem cumprida
disso me orgulho.
Ao noivo meu carinho, quase um filho é
Amar é ser nobre, isso você é.
Missão de Maria, missão de José,
Juntos na oração, felizes na fé.

Poema de Vilmar Machado

Florianópolis, 20 de janeiro de 2016

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Costumeiro e Contumaz - Texto de Ivonita Di Concílio


Costumeiro e contumaz: duas palavras que confundem algumas pessoas, mas definem ambas um hábito que pode se transformar em vício.
Para mim, como exemplo, na década de 70, quando eu ainda trabalhava na Agência Nacional em Porto Alegre, havia um serviço especial das sucursais de todo País: sinopse das notícias dos jornais era enviada à matriz, em Brasília pela manhã, para o Presidente da República ler.
Como eu era a única digitadora, na época, aprendi a sintetizar as matérias e isso se tornou costumeiro. A partir dessa necessidade fui aprimorando as maneiras de expandir ou diminuir os relatos.
Mais tarde, já morando em Florianópolis, consegui trabalhar no Jornal A Gazeta, onde precisava criar, diariamente, uma crônica. Muitas vezes, a inspiração não me ajudava e eu tinha que captar uma ideia fosse lá qual fosse. O que importava era fazer a crônica. Dessa forma acostumei a escrever com ou sem motivação.
Temos, então, a explicação para a palavra “costumeiro” – que quer dizer hábito, simplesmente.
Dessas necessidades de inovar e “tirar da manga” uma inspiração me aventurei a escrever, escrever e escrever.
Já editei quatro livros, participei de algumas coletâneas (não concordo com “antologia”), estou escrevendo uma autobiografia - A Ponte; dois romances de ficção - O Pacto e o outro ainda sem título.
Não consigo parar de escrever e a isso se chama contumaz, sendo que cada trabalho é um pedacinho da minha vida, assim como tenho a necessidade de respirar, preciso escrever.

Ivonita Di Concílio/2016


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Procura de Identidade - Poema de Jani Semicek



















Procura da Identidade

Quem é você, Ilustre Desconhecida?
Incoerência Perdida?
Desajuste Emocional?

Quem é você, Vã Criatura?
que chora e ri
por qualquer desventura?

Quem é você, Amarga Lembrança?
que quer voltar a ser criança
mas não sabe ser feliz?

Quem é você, Desejo Atormentado?
Pecado do Pecado
Resto da Solidão???

Jani Semicek (11/9/93)