segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Tu Poesia - de Clarisse Costa

 

Tu Poesia 

És tu poesia 

que em tira o sossego

que me leva

para uma viagem

psicológica

mexe com a minha alma 

revira pensamentos

traduz sonhos, fantasias

e realidades...

Tu poesia me faz poeta. 

Clarisse Costa 

terça-feira, 20 de outubro de 2020

PARABÉNS Poetas! por Claudete T. da Mata

 

PARABÉNS Poetas!

Vocês que desatam pensamentos em todas as Luas,

Vocês que semeiam flores e regam pensamentos no outro deixando falar o coração...

Nós, escutadores no dorso de cada poesia,
Solvemos o cálice tinto de cada verbo...

Tu Poeta, não esquece de sempre estar a abrir portas e portões aos verbos  que cativam o mundo...

Poetas são Jardineiros e Lavadeiras...
Poetas regam emoções, lavam e enxugam prantos...

Poetas juntos, fazem a Vanguarda que cativa corações...

O escutador imerso na poesia dos verbos, deixa ecoar suas impressões...

Enquanto tudo acontece, dentro e fora da alma,
O Poeta continua suas semeaduras pelo universo do ser alheio...

Feliz dia, Poetas! 


(Claudete Terezinha da Mata)


O Poema de Márcia W. Konder

 


O Poema
 
O poema é como um perfume de flor 
uma carícia aveludada de pétala 
corola de doce sabor
é como o voo do colibri 
suave música de violino
hino
O poema é uma erupção
sinfonia de britadeira 
rasgar de seda entre dentes
espelho da alma e do coração.
 
De Márcia W. Konder do seu livro Flor de Lótus. 




Os Poemas de Mario Quintana

 



Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…


Mario Quintana,

do livro “Esconderijos do tempo”, 1980.

 


POETA de Suely Ravache Costa - Cigana Poetisa

 

POETA
O poeta nunca o é…
não é uma questão de ser
O poeta sempre ou quase “está”…
no liame entre o real e o imaginário,
criando seus cenários
entre a vida e a morte,
vivente extasiado, ou guerreiro de fé, de sorte!
Está no toque suave da amada,
na lua que banha a madrugada.
No abraço do ser amado
na entrega perfeita, de tudo despojado!
Está nos pés que sangram descalços,
pois não é sangue, é seiva de vida,
do desfavorecido que vence seus percalços!
Está na água que banha
que além do físico limpa as entranhas…
Está no riso fácil de quem ganha
mesmo quando perde, pois há perdas que são ganhos!
O Poeta está nas nuvens… suspenso no ar…
está na flores… em aromas à se espalhar
está nos rios… desaguando em cachoeiras
está no fogo… e mesmo fagulha em fogueira…
consumido de dor… é brilho… incendeia!
Poeta nunca para… não descansa…
não dorme… sonha…
e só produz esperança!… que às vezes
nem mesmo ele alcança!
Mas, segue, no interior: fardo, por fora: criança!
O Poeta está no canto do passaredo
que captado… vira música, faz parte do enredo.
O Poeta está onde é menos previsível
até quando o mundo está calado
vê-se o Poeta: Ser Alado…
que tudo encanta, sem ser mágico
porém, por verdadeira magia: é airoso…
um Ser Encantado!
O Poeta está em mim… está em ti…
(permita-se!… está no simples sentir!…
seja com a pena ou com o teclado
liberte as letras do seu peito…
deixe-o sair aí de dentro…
Poeta!… só estreia… nasce feito!)


Suel
y Ravache Costa - Cigana Poetisa

 


Momento do Poeta - poema de Adir Pacheco

 


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

FESTA DE ARROMBA!

 

FESTA DE ARROMBA!

 

Quando eu digo que sou uma mulher privilegiada...

Lembro-me de quando eu festejei meus 75 anos, no restaurante do meu amigo Silvinho, na Escadaria do Rosário e comuniquei aos amigos que só voltaria a festejar aniversário “se chegasse”, aos 80 anos. Foi um protesto geral - ‘exigiram’ que eu festejasse todo o ano e assim aconteceu, com reuniões organizadas por mim e sempre muito concorridas.

Este ano, no entanto, para comemorar meus 81 anos, minhas filhas – Helen e Giane (Laura) – resolveram assumir a festa e... Deu no que deu: Uma Festa de Arromba!

Salão todo decorado com objetos muito antigos (destaque para o velho cisne da família), fotos, rendas, toalhas e até uma velha colcha de crochê feita por minha avó Mimo, já em idade bem avançada. Muitas flores, salgados e doces (alguns feitos por mim); sucos, refrigerantes e café com leite.

O ponto máximo dessa nossa festa: a única bebida alcoólica servida foi um inocente licorzinho... A turma se embriagou de alegria!

Três da tarde, da quarta-feira (23) começaram a chegar convidados, inclusive um novo amigo, com um violão às costas – era o João de Paula – e vinha acompanhado de outra nova amiga, a Sueli. Sergey Frantov trouxe sua mãe, minha querida amiga Eddy. Dulce fez uma agradável surpresa: veio com uma linda e sensual blusa debruada com uma renda de frivolité feita por mim. O querido Avani Santana com sua discreta presença, não encontrou nenhuma "moitinha”, mas encontrou seu lugar personalizado. Então me perdi na contagem e na ordem de chegada, pois Janice, Suraya, Teresa, Jelena, Vilmar e Freddy, da ALIFLOR chegaram. Para representar o NETI, além da Eddy, tive a grata presença da Cecília.

A essas alturas, João já se entrosava com a Janice e começavam a animação musical. Meu filho Ricardo e sua mulher Nádia, trouxeram meu neto Diego e o amigo Fernando (com seu indefectível teclado e sistema de som) e estava composta a orquestra do meu aniversário.

Como não poderiam faltar, meus velhos amigos Armando com Nice e Donato com Dalila trouxeram à minha festa duas ótimas surpresas: Armando fez uma bela e criativa homenagem aos meus 81 com um lindo calendário estampando fotos minhas e (que belo gesto) deixando para cada um dos meus convidados, um calendário para afixar na geladeira.

 

Donato, além de levar sua graciosa e descontraída netinha Ana (paparicada pela avó Jani) me presenteou com exemplares do seu 200º livro “Eu, na Primeira e Terceiras Pessoas”. Emocionante! Sílvia, outra amiga “das antigas” – sempre elegante – também foi me abraçar.

Devidamente monitorada por Helen e Giane, fotografadas por minha elegantérrima e estilizada neta Íris e assessorada pelo genro Chico, nossa festa correu magnificamente, com músicas internacionais, MPB e muita boemia.

Realmente, parece que a aprovação foi unânime e posso dizer que meus 81 foram muito bem festejados com uma bela e animada

FESTA DE ARROMBA!!!!!

Ivonita Di Concílio 


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Crepúsculo com Brum(n)a - Poema de Luz Pixell









Crepúsculo com Brum(n)a

 

Vi veio o por do sol

Engrandecido,

Agradecido de segunda a segunda.

Quero este sol na alma agora,

Sem roupa ou com o vestido que tenho

De areia suja ou limpa ou velha.

Não vou para areia por medo da morte

Que todas podem ter

Liberdade

Que não pode ser encapuzada pela violência.

O capuz do medo deixa tudo cinza!

ENTARDECEU?

ANOITECEU?

Luz Pixell 2019


 

Conto com Choro - poema de Luz Pixell









Conto com Choro 

Este silêncio no olhar

não custa nada a ninguém,

não custa nada de ninguém

não custa um centavo redondo

não custa pela missa um conto.

 

Este silêncio no olhar

não é desastroso

não é desastrado

não é desgraçado

e ainda brilha dourado.

 

Este silêncio no olhar

não é dele mesmo trocado

não é dele mesmo arrancado

não é dele a posição sem ação

este silêncio no olhar

se colocou espreito e

sussurrando com jeito

jorrou a lágrima.











Luz Pixell 2013 

sábado, 3 de outubro de 2020

CORAÇÃO DE CRIANÇA - Poema de Adir Pacheco

 










Tenho medo do vazio
Que o agora me oferta.
Quero a minha porta aberta,
Janelas sem trancas
E o portão sem tramelas.

Sem chorumelas envelhecer.
Ter sempre as mãos
Para estender
A quem minha casa adentrar.

Assim eu quero viver.
Tendo o coração alegre,
Sorriso solto, sem disfarce,
De jeito um pouco moleque.

E quando este mundo deixar,
Possam todos compreender,
Que o meu coração  foi criança
Temendo um dia morrer.

(Adir Pacheco)

Postagem em outubro de 2020.