Tenho medo do vazio
Que o agora me oferta.
Quero a minha porta aberta,
Janelas sem trancas
E o portão sem tramelas.
Sem chorumelas envelhecer.
Ter sempre as mãos
Para estender
A quem minha casa adentrar.
Assim eu quero viver.
Tendo o coração alegre,
Sorriso solto, sem disfarce,
De jeito um pouco moleque.
E quando este mundo deixar,
Possam todos compreender,
Que o meu coração foi criança
Temendo um dia morrer.
(Adir Pacheco)
Postagem em outubro de 2020.
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