APENAS SONHO...
Minha memória remota é
admirável. Com muita facilidade consigo lembrar de passagens dos meus
tempos de criança. No entanto, fatos recentes, fisionomias e
nomes de pessoas fogem constrangedoramente da minha “caixa pensante”.
Nesse derrame,
os sonhos durante a noite também se esvaem. Muito raramente lembro-me de algum.
Porém, no que se refere à imaginação, nunca deixarei de idealizar e sonhar com
a realização do devaneio.
Felizmente, esta
capacidade de ‘inventar’ eventos ou ações ainda não se perdeu, pois estou
sempre e sempre criando coisas. Como sou voltada a organizar grupos
colaborativos vou aumentando o número de adeptos às minhas “engendrações”
e, dessa maneira, ampliando a quantidade de amigos.
Anteontem vi mais um
dos meus sonhos se diluir como bolha de sabão, não antes de perder meu sono
‘edificando’ planos mirabolantes (sempre com o famoso “pé atrás”). Acompanhem
meu sonho e vejam que bom se não fosse uma bolha:
Sem entrar em muitos
detalhes, minha base era as quatro salas de um certo edifício no centro de
Florianópolis, em total inoperância desde 1999. Há algum tempo eu vinha
‘namorando’ essas salas para abrigar a minha associação literária,
ALIFLOR.
Algumas semana atrás
tomei a iniciativa de pedir apoio a um Senador da República muito ligado à
cultura catarinense. Mandei-lhe um e-mail detalhando toda a situação e o estado
de abandono das quatro salas, sugerindo que as mesmas fossem destinadas à minha
entidade e outras congêneres que também como nós não possuem sede própria.
Mandei a solicitação
e, sem muita expectativa, não perdi o meu sono e nem sonhei nada com relação ao
pedido. Até que, anteontem, recebi um e-mail da assessora do Senador pedindo
meu telefone para contato.
Sabem aquelas brasas
já cobertas de cinzas, mas não totalmente extintas? Foi como um sopro fazendo
uma brasinha reavivar. Quem – sonhadora como eu – conseguiria dormir antes de
transformar ao menos duas salas para a AIFLOR, inclusive com um mini auditório,
que seria alugado a preços módicos às entidades irmãs, para sessões de
cunho cultural. Até nome para o espaço eu sonhei: Donato Ramos. Naquela
noite fria custei a encontrar o sonho, mas foi um sonho acordado muito
lindo...
O contato foi feito e
o sonho desfeito... Fiquei sabendo que a pesquisa foi realizada,
mas a cessão das quatro salas é impossível. Porém, o atencioso
gesto do parlamentar em dar retorno fez com que a minha admiração por ele
aumentasse.
Vamos para outro
plano...
Ivonita Di Concílio
Em 14/05/2021
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