sábado, 26 de setembro de 2020

CIGANA - poema de Suely Costa

 

Cigana

Sou um ser intenso, em excesso!

Me contenho e me basto, mas sou continente de outros seres

Tenho manhas, tenho marras, tenho amarras, mistérios, magias e poderes.

Tenho no peito um coração ardente, com espaço para dois corações conter

Porque minha persona ama e pode amar também por você!

Às vezes sou rio, sou lago, sou oceano, às vezes sou uma gota… sou lágrima!

Sou um beijo no rosto, sou um afago na alma

Sou o beijo da chegada e sou o beijo da despedida

Sou toda sentimento! Fui o ontem, sou o agora, sou aquele momento

(mas te quero e espero toda hora), porquê triste é vê lo ir embora!

Sou filha do mundo, mulher, menina, Cigana

Danço, encanto, rodopio, sigo

Mas, levo, guardo e protejo aquele que meu ser ama!

Já fui magoada, fera acoada e ferida

Fui prisioneira, andante, feiticeira

Sou a lenha na fogueira emocional da vida!

Sou um ser intenso demais para caber em mim mesma

Não sei ser aos ‘poucos’, sou tudo, sou o todo

não sei ser rasa, vaga, superficial

Mas sou delicada, pura, terna e transparente como o cristal!

Sou luz, sou brilho, sou afeto...

giro, giro, e, estou sempre perto...

de quem me preenche, daquele que contemplo e completo!

(daquele que é meu Cigano... dono do meu afeto!!!)

Suely Costa 

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