terça-feira, 21 de abril de 2015

SOCORRO - poema de Janice



Socorro

Diga-me, urgentemente,
Uma frase convincente
Que me desperte “esperança”!...
Penso... Penso... Não encontro.

Descubra da chave o segredo
Para tirar-me o medo!...
“Quero viver... Sou criança”...
Fico triste... Não encontro...

Por favor! Abra os arquivos
(com seus prazos já vencidos)
Da burocracia, das Leis...
Como demoram!...Onde estão? Não sei...

Agilize! Mande-me, a jato, uma vacina,
Um antídoto, um veneno estricnina,
Contra o mal, de uma só vez.

Não é culpa minha, nem tua;
Não é nossa; não é deles...
Não é do sistema, nem do crítico,
Do legislador ou do político...
É de Pôncio Pilatos, talvez?...

Ou, então, manda uma bomba atômica
Cheia de sementes “branquinhas”
Para queimar as ervas daninhas:


Da incompetência e da injustiça,
Da ganância e da preguiça,
Da corrupção e da impunidade.

Uma bomba milagrosa
Que contamine as cidades
Com efeitos de esperança,
De dignidade às crianças,
Da juventude à maioridade.

Socorro!!!...
Meu coração está pedindo
Um estimulante energético
De vergonha nacional.

Não sei a quem endereçar,
pois a esperança não está;
Não tem sequer endereço.

Quem sabe, no centro da terra
Haja uma fonte que prospera,
Que guarde a semente do bem,
Da felicidade sem preço!...

Poema de Janice de Bittencourt Pavan

Em 17 de junho de 2009.


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