Dia do Escritor
O dia do
escritor brasileiro surgiu na década de sessenta, por ocasião do Iº Festival do
Escritor Brasileiro, organizado pela UBE (União Brasileira de Escritores), da
qual eram presidente e vice- presidente João Peregrino e Jorge Amado, mentores
da ideia.
Seja por
hobby ou dedicação profissional, bem merecido ter uma data para lembrarmos a
maravilhosa arte de escrever e os escritores que a desempenham com coerência,
polimento e sabedoria. Sim, porque aquele que contraria os verdadeiros
valores de sua missão aqui neste mundo, não merece a homenagem.
Lembramos,
pois, os bons, os talentosos, os esforçados, os dedicados ao bem, à verdade, à
justiça, ao esclarecimento, ao bem estar de formar ou informar, aos que
propiciam ao leitor o enriquecimento da mente, ajudando o mesmo no
discernimento de tudo que a vida, com alterações, oferece, surpreende e
fascina.
Ser
escritor, tendência, arte, missão... Seja o que mais aprouver na concepção do
indivíduo, é uma atividade que exige coragem, dedicação, envolvimento,
sentimento e, principalmente, leitura. Aí o talento é enriquecido com agentes
transformadores, sem os quais a escrita apresentar-se-ia, como disse uma
colega, “como um bolo sem adornos”.
Por outro
lado, há os escritores que são esnobes, prolixos, que embora apresentem um
vocabulário rico, não se comunicam. Um texto ou obra que deveria ser objeto de
lazer, informação ou autoajuda, ou unicamente lúdico, torna a leitura cansativa
e irritante.
Além da
responsabilidade com os aspectos gramaticais, bagagem cultural, há a
preocupação com a ética e a “estética” dos pensamentos.
Escritor
é ter talento, mas também ser um eterno aprendiz.
Por isso,
talvez, ou provavelmente, eu esteja sofrendo para escrever estas linhas.
Pois se
tenho talento, não sei.
Sentimento?
Aos borbotões.
Força de
vontade? E quanta!
Chego lá?
Não sei.
Aonde
chegar? Não sei.
O que
escrever? Direi...
Com o
tempo... Só o tempo...
Este
amigo dos que buscam mais e mais tempo para dizer o que pensam “o que eles
estão pensando ou fazendo”.
Uma
viagem, pois, com licença, sou poeta.
E é assim
que nossa vida segue. Enxergando, sentindo, dizendo, expressando, criticando ou
bendizendo. E é assim (não classifique meu escrito) que objetivo dizer o quanto
é importante ser escritor e que minh’alma necessita prestar uma homenagem a
este voluntário, operário da palavra, artesão da mensagem e da informação.
Janice de
Bittencourt Pavan - Escritora
A TODOS OS ESCRITORES, ESTA HOMENAGEM.
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