Tu Poesia
És tu poesia
que em tira o sossego
que me leva
para uma viagem
psicológica
mexe com a minha alma
revira pensamentos
traduz sonhos, fantasias
e realidades...
Tu poesia me faz poeta.
Clarisse Costa
Tu Poesia
És tu poesia
que em tira o sossego
que me leva
para uma viagem
psicológica
mexe com a minha alma
revira pensamentos
traduz sonhos, fantasias
e realidades...
Tu poesia me faz poeta.
Clarisse Costa
PARABÉNS Poetas!
Vocês que desatam pensamentos em todas as Luas,
Vocês que semeiam flores e regam pensamentos no
outro deixando falar o coração...
Nós, escutadores no dorso de cada poesia,
Solvemos o cálice tinto de cada verbo...
Tu Poeta, não esquece de sempre estar a abrir
portas e portões aos verbos que cativam o mundo...
Poetas são Jardineiros e Lavadeiras...
Poetas regam emoções, lavam e enxugam prantos...
Poetas juntos, fazem a Vanguarda que cativa
corações...
O escutador imerso na poesia dos verbos, deixa
ecoar suas impressões...
Enquanto tudo acontece, dentro e fora da alma,
O Poeta continua suas semeaduras pelo universo
do ser alheio...
Feliz dia, Poetas!
(Claudete Terezinha da Mata)
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Mario Quintana,
do livro “Esconderijos do tempo”, 1980.
POETA
O poeta nunca o é…
não é uma questão de ser
O poeta sempre ou quase “está”…
no liame entre o real e o imaginário,
criando seus cenários
entre a vida e a morte,
vivente extasiado, ou guerreiro de fé, de sorte!
Está no toque suave da amada,
na lua que banha a madrugada.
No abraço do ser amado
na entrega perfeita, de tudo despojado!
Está nos pés que sangram descalços,
pois não é sangue, é seiva de vida,
do desfavorecido que vence seus percalços!
Está na água que banha
que além do físico limpa as entranhas…
Está no riso fácil de quem ganha
mesmo quando perde, pois há perdas que são ganhos!
O Poeta está nas nuvens… suspenso no ar…
está na flores… em aromas à se espalhar
está nos rios… desaguando em cachoeiras
está no fogo… e mesmo fagulha em fogueira…
consumido de dor… é brilho… incendeia!
Poeta nunca para… não descansa…
não dorme… sonha…
e só produz esperança!… que às vezes
nem mesmo ele alcança!
Mas, segue, no interior: fardo, por fora: criança!
O Poeta está no canto do passaredo
que captado… vira música, faz parte do enredo.
O Poeta está onde é menos previsível
até quando o mundo está calado
vê-se o Poeta: Ser Alado…
que tudo encanta, sem ser mágico
porém, por verdadeira magia: é airoso…
um Ser Encantado!
O Poeta está em mim… está em ti…
(permita-se!… está no simples sentir!…
seja com a pena ou com o teclado
liberte as letras do seu peito…
deixe-o sair aí de dentro…
Poeta!… só estreia… nasce feito!)
Suely Ravache Costa - Cigana Poetisa
FESTA DE ARROMBA!
Quando eu digo que
sou uma mulher privilegiada...
Lembro-me de quando
eu festejei meus 75 anos, no restaurante do meu amigo Silvinho, na Escadaria do
Rosário e comuniquei aos amigos que só voltaria a festejar aniversário “se
chegasse”, aos 80 anos. Foi um protesto geral - ‘exigiram’ que eu festejasse
todo o ano e assim aconteceu, com reuniões organizadas por mim e sempre muito
concorridas.
Este ano, no
entanto, para comemorar meus 81 anos, minhas filhas – Helen e Giane (Laura) –
resolveram assumir a festa e... Deu no que deu: Uma Festa de Arromba!
Salão todo decorado
com objetos muito antigos (destaque para o velho cisne da família), fotos,
rendas, toalhas e até uma velha colcha de crochê feita por minha avó Mimo, já
em idade bem avançada. Muitas flores, salgados e doces (alguns feitos por mim);
sucos, refrigerantes e café com leite.
O ponto máximo
dessa nossa festa: a única bebida alcoólica servida foi um inocente
licorzinho... A turma se embriagou de alegria!
Três da tarde, da
quarta-feira (23) começaram a chegar convidados, inclusive um novo amigo, com
um violão às costas – era o João de Paula – e vinha acompanhado de outra nova
amiga, a Sueli. Sergey Frantov trouxe sua mãe, minha querida amiga Eddy. Dulce
fez uma agradável surpresa: veio com uma linda e sensual blusa debruada com uma
renda de frivolité feita por mim. O querido Avani Santana com sua discreta
presença, não encontrou nenhuma "moitinha”, mas encontrou seu lugar
personalizado. Então me perdi na contagem e na ordem de chegada, pois Janice,
Suraya, Teresa, Jelena, Vilmar e Freddy, da ALIFLOR chegaram. Para representar
o NETI, além da Eddy, tive a grata presença da Cecília.
A essas alturas,
João já se entrosava com a Janice e começavam a animação musical. Meu filho
Ricardo e sua mulher Nádia, trouxeram meu neto Diego e o amigo Fernando (com
seu indefectível teclado e sistema de som) e estava composta a orquestra do meu
aniversário.
Como não poderiam
faltar, meus velhos amigos Armando com Nice e Donato com Dalila trouxeram à minha
festa duas ótimas surpresas: Armando fez uma bela e criativa homenagem aos meus
81 com um lindo calendário estampando fotos minhas e (que belo gesto) deixando
para cada um dos meus convidados, um calendário para afixar na geladeira.
Donato, além de levar
sua graciosa e descontraída netinha Ana (paparicada pela avó Jani) me
presenteou com exemplares do seu 200º livro “Eu, na Primeira e Terceiras
Pessoas”. Emocionante! Sílvia, outra amiga “das antigas” – sempre elegante –
também foi me abraçar.
Devidamente
monitorada por Helen e Giane, fotografadas por minha elegantérrima e estilizada
neta Íris e assessorada pelo genro Chico, nossa festa correu magnificamente,
com músicas internacionais, MPB e muita boemia.
Realmente, parece
que a aprovação foi unânime e posso dizer que meus 81 foram muito bem
festejados com uma bela e animada
FESTA DE
ARROMBA!!!!!
Ivonita Di Concílio
Crepúsculo
com Brum(n)a
Vi veio o por do sol
Engrandecido,
Agradecido de segunda a segunda.
Quero este sol na alma agora,
Sem roupa ou com o vestido que tenho
De areia suja ou limpa ou velha.
Não vou para areia por medo da morte
Que todas podem ter
Liberdade
Que não pode ser encapuzada pela violência.
O capuz do medo deixa tudo cinza!
ENTARDECEU?
ANOITECEU?
Luz Pixell 2019
Conto com Choro
Este silêncio no olhar
não custa nada a ninguém,
não custa nada de ninguém
não custa um centavo redondo
não custa pela missa um conto.
Este silêncio no olhar
não é desastroso
não é desastrado
não é desgraçado
e ainda brilha dourado.
Este silêncio no olhar
não é dele mesmo trocado
não é dele mesmo arrancado
não é dele a posição sem ação
este silêncio no olhar
se colocou espreito e
sussurrando com jeito
jorrou a lágrima.
Luz Pixell 2013
Tenho medo do vazio
Que o agora me oferta.
Quero a minha porta aberta,
Janelas sem trancas
E o portão sem tramelas.
Sem chorumelas envelhecer.
Ter sempre as mãos
Para estender
A quem minha casa adentrar.
Assim eu quero viver.
Tendo o coração alegre,
Sorriso solto, sem disfarce,
De jeito um pouco moleque.
E quando este mundo deixar,
Possam todos compreender,
Que o meu coração foi criança
Temendo um dia morrer.
(Adir Pacheco)
Postagem em outubro de 2020.